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Academia Barretense de Cultura  comemorou Jubileu de prata

Fundação

A Academia Barretense de Cultura – ABC  foi fundada no dia 1º de maio de 1983, quando vinte cidadãos barretenses se reuniram na Biblioteca Municipal “Affonso de E.  Taunay” de Barretos. Preocupados com os  destinos da cultura barretense, acharam por bem fundar uma entidade com a finalidade de cuidar da cultura em geral.

Eram  pessoas de vários segmentos da sociedade cultural e profissional  barretense: médicos, dentistas, engenheiros, músicos, professores, pintores,  jornalistas, advogados, educadores, religiosos, escritores e outros.

 Seus nomes: João Monteiro de Barros Filho, João Carlos Soares de Oliveira, Luiz Carlos Messias,  Jurandyr Souza, Lauro Pedro Lima, José Olyntho Andrade Junqueira, Celestino Pinto da Silva, Pe. Luciano Giovani, José de Assis Canoas, Armando Baptista da Silva, Matinas Suzuki,  Elias Batista do Couto, Cleuris Adaberto Coltri, Ruy Menezes, Anibal Rodrigues, Dermeval de Almeida, José de Ávila, Antonio Possato, Wilsom Luiz Franco de Brito e Francisco Gabriel Junqueira Machioni.

Estatuto

Elaboraram um  estatuto para a  Academia, tendo como finalidade primordial: “Cultivar a língua nacional e promover o desenvolvimento das letras e artes barretenses”.  

Diretoria

A diretoria da ABC  é composta de Presidente, vice presidente, 1º tesoureiro,2º tesoureiro, 1º secretário, 2º secretário, Bibliotecário e Conselho Fiscal com três membros. A eleição para a troca da diretoria é  bianual.

Cadeiras

A ABC possui 40 cadeiras, com patronos determinados, ocupadas por acadêmicos, pessoas de destaque na sociedade cultural da cidade.

Membros

Os membros da ABC são:  fundadores, efetivos, em memória e correspondentes.

Sessões

A Academia realiza sessões mensais sob forma de palestras, conferências, exposições, concertos musicais, teatro, danças, posse de novos membros e homenagens póstumas. 

Acervo

A ABC possui vasto acervo cultural:

– “Pinacoteca poética” com 40 quadros de artistas plásticos barretenses, sendo os mesmos um trabalho de pintura baseado em poesias e poemas de escritores barretenses. Um livro foi publicado com os quadros da Pinacoteca Poética.

– “Biblioteca Olivier Waldemar Heiland”:  Contém  5.000 volumes recebidos em doações.  Sendo os maiores doadores, familiares de: Olivier Waldemar Heiland e Dr. Matinas Suzuki.

– Coletâneas de contos de todos os concursos.

– Pastas contendo recortes de jornais contando a história da ABC.

Além disso temos:  – Arquivos com documentação da ABC desde sua fundação, Galeria de fotos e currículos de acadêmicos, vasta documentação da entidade e de todos os concursos de contos

Móveis

 A ABC possui  mobiliário próprio com: mesas, cadeiras, estantes de aço, ventiladores e refeitório completo.

Local

Em endereço recente a Academia Barretense de Cultura está instalada na Rua 20 nº 1425. A sede própria será construída em breve em terreno doado pela Prefeitura de Barretos.

Presidentes da ABC :

1983-Jurandyr Sousa

1985-Matinas Suzuki

1987-Matinas suzuki

1989-Aníbal Rodrigues

1991-Matinas Suzuki

1993-Kalil Sales

1995-Farid Carvalho Mauad

1997-Armando Baptista da Silva

1999-Conceição Aparecida Ribeiro Borges

2001-Adalgisa Ap. Borsato Gonçalves da Cruz 

2003-José Henrique de Freitas

2005-José Henrique de Freitas

2007-Cleuris Adalberto Coltri

2009-Conceição Aparecida Ribeiro Borges

2011-Marley Machado E. Cristino de Figueiredo

Realizações da ABC

Através dos tempos a ABC tem realizado um trabalho de formiguinhas. Os membros da ABC atuam na sociedade barretense levando seus conhecimentos ao público em geral.

A entidade  realizou: Lançamentos  de livros, exposições de quadros de artistas barretenses, feira do livro, homenagens póstumas,  quinze Concursos de Contos do “Prêmio Jorge Andrade”,  sessões solenes de premiação do concurso, publicou cinco coletâneas de contos,  excursões, encontro de academias, festivais  de música, “Semana Jorge Andrade” com palestras e encenação de peças teatrais do autor,  criou o logotipo e o balandrau da entidade, inaugurou a “ Pinacoteca Poética” e a  “Biblioteca Olivier Waldemar Hailand”, promoveu o concurso de textos “Vida e Obra de Jorge Andrade”,  elegeu os “Acadêmicos Nota 10”, confraternização dos vinte anos da ABC em 2003, saraus, posse de novos membros,  festividades natalinas. Em 2008 comemorou o “Jubileu de Prata” com vários eventos.

Concurso de contos

O Concurso Nacional de Contos “Prêmio Jorge Andrade” foi criado pelo ato nº 1 da primeira diretoria da Academia Barretense de Cultura no dia 16 de março de 1984, quando era presidente o Dr. Jurandyr Sousa. O primeiro concurso e os cinco seguintes teve coordenação do acadêmico Dr. Matinas Suzuki, com grande êxito. Os sete concursos foram coordenados pela acadêmica Adalgisa Borsato, e em 2012, a coordenação ficou por conta do acadêmico Enio Godinho Porto. O número de participantes foi aumentando a cada ano por ser divulgado em todo país.  O concurso é realizado a cada biênio e atualmente tem divulgação pela internet . O prêmio é em dinheiro para os três primeiros classificados e menções honrosas para mais sete, totalizando dez ganhadores. Os contos premiados são editados em uma coletânea de contos, somando dois ou mais concursos, denominada de Coletânea de Contos “Prêmio Jorge Andrade”. Já foram publicadas cinco coletâneas e a sexta está sendo preparada. A premiação do concurso é realizada em sessão solene com os vencedores do concurso, comissão julgadora, acadêmicos e convidados. Os laureados são recepcionados com carinho por todos da ABC.

O patrono do concurso de contos: Jorge Andrade

 Aluízio Jorge Andrade Franco nasceu em Barretos em 21 de maio de 1922, filho mais velho do Sr. Ignácio de Lima Franco e da Sra. Albertina de Andrade Franco. Seu pai era grande proprietário de fazendas de café da região de Barretos-SP.  Jorge Andrade desde pequeno gostava de ler muito, cursou o primário no Instituto Rio Branco em São Paulo e o ginasial no Ginásio Municipal de Bebedouro. Foi aprovado na Faculdade de Direito de São Paulo, mas abandonou em seguida. Seguiu para a escola de cadetes em Fortaleza, no Ceará. Voltando à Barretos, trabalhou com o pai nas fazendas de café.

Jorge Andrade carregava em si lembranças de infância e de sua adolescência vividas no meio do cafezal, observando a aristocracia rural. Um dia assistindo a peça “O anjo de pedra” de Tennessis Willians, com a atriz Cacilda Becker, ficou encantado e foi falar com a grande dama do teatro Brasileiro. Ela o aconselhou a entrar para a Escola de  Artes Dramáticas. Ao terminar o curso em 1954, obteve menção honrosa com a peça: “As colunas do Templo”. Escreveu as peças: O telescópio, Saci, A moratória, Pedreira das almas, Vereda da salvação, O incêndio, Os ossos do Barão, O sumidouro, Milagre na cela, A zebra, A loba, O mundo composto, A receita e Sesmarias do Rosário.

Novelas para televisão escreveu:  Os ossos do Barão, O grito, As gaivotas, Dulcinéa vai à guerra, Os adolescentes, Ninho de Serpente e Sabor de mel.

Aloísio Jorge Andrade Franco casou-se com a Sra. Helena de Almeida Prado, tiveram os filhos: Gonçalo, Camila e Blandina.

Exerceu a profissão de dramaturgo e educador, faleceu no dia 13 de março de 1984.

É um orgulho para a ABC ter Jorge Andrade como patrono do Concurso Nacional de Contos.

Comemorações do Jubileu de Prata da ABC:

A ABC completou 25 anos no dia 1º de maio de 2008. Vários eventos foram desenvolvidos durante todo ano:

– XIII Concurso Nacional de Contos do “Prêmio Jorge Andrade”

– Premiação do Concurso e Publicação da Coletânea de Contos 

– “A arte dando canja”, exposições de artes plásticas com artistas barretenses.

 – “Oficina de criatividade” com a coordenação da artista plástica Conceição Borges

– Posse de cinco novos membros da ABC

– Encenações teatrais pelo “Stúdio ‘Claudia Ávila’ de atores”

– Realização de projeto para construção da Praça “Dr. Matinas Suzuki” em homenagem ao “Centenário da Imigração Japonesa”.

– Noite do Jazz, pelo Grupo Neppron.

– Lançamento do livro: “Cinzas e fumaça”, de Paulo de Tarso dos Santos

– Exposição de artes plásticas com artistas barretenses

– Confraternização do Jubileu de Prata da ABC – dia 1º de maio

– Lançamento de livro da acadêmica Flávia Cunha: “Estações da alma”

– Premiação do XIII Concurso Nacional de Contos do “Prêmio Jorge Andrade”

Considerações finais:

A Academia Barretense de Cultura – ABC tem realizado um trabalho de reunir pessoas de vários segmentos artísticos de nossa cidade visando desenvolver nosso panorama cultural. Cada acadêmico se preocupa com o meio onde atua na área artística e profissional. 

O espaço físico da sede está organizado e deverá receber inúmeras visitas para conhecimento em geral quer lendo livros, apreciando obras artísticas de autores de nossa cidade, participando dos eventos numa interação cheia de alegria e troca de conhecimentos.

Atualmente os acadêmicos que mais comparecem nos encontros estão empenhados no resgate de uma cultura mais consciente e atuante no seio da sociedade.

Nossas metas: Reeditar obras importantes, lançar novos livros, lembrar cada um dos escritores e poetas, que a vida deve ser amada e vivida com intensidade mesmo depois que a neve tenha visitado nossos cabelos. A pintura, a dança, a música, o teatro, a poesia, tudo nos remete a sentirmo-nos mais felizes dentro do contexto de nossas vidas.

Também a ciência e a tecnologia estão incluídas em nossos eventos.

A preocupação da acadêmica Conceição Borges em amenizar nossas angustias através do curso “Oficina de criatividade” e sua alegria em ver concretizado o sonho da pinacoteca poética,  Luiz Antonio Rocha, luta pela conscientização das pessoas quanto à natureza e a água, primordial para nossa existência, Wanderley Dib, incansável na afirmativa de que os agropolos são indispensáveis a todos nós, Cleuris Coltri, além de trabalhar com todos os segmentos da cultura como presidente, se preocupa com a formação musical e apresentações para o público, José Vicente Dias Leme com seu otimismo e vida pulsante nos alegra com lembranças de importantes gênios da música, Claudia Ávila não perde as esperanças de ver o teatro barretense se destacar, um dia. Como acadêmica me preocupo em guardar, ampliar e organizar o acervo da entidade, selar pelo patrimônio da ABC, sinto-me um pouco mãe que recebe os filhos em casa, José Antonio Merenda o incansável, participa em todas as áreas culturais e até como mestre cuca. José Henrique de Freitas tem sido nosso conselheiro maior. Em especial João Monteiro de Barros Filho, em silêncio tem dado grande apoio moral e espiritual aos demais acadêmicos na certeza de construir o pilar de sustentação da própria  entidade.

Os novos membros são esperança de continuação de nossos ideais e projetos, a sede nova virá em breve, tudo se transformará. O futuro é promissor.

A ABC completou vinte cinco anos de lutas em favor do bem maior da humanidade, a CULTURA.

Adalgisa Aparecida Borsato Gonçalves da Cruz – Acadêmica, Bibliotecária e Diretora de Patrimônio  da ABC